quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A sua trajetória antes do exílio 1ª parte

Após o post sobre o artigo da educação e do Twitter, sem demoras, me veio a vontade de apresentar o primeiro pedagogo deste blog e vamos logo sem "perder um tempo" em resumir a bonita vida e obra deste educador brasileiro, nesta a nas próximas postagens irei apresentar a uns e a re-lembrar a outros um pouco do que este homem fez e deixou em aberto para a re-construção ou a destruição da educação deste país e do mundo, já que é preciso derrubar uns tijolos para se re-fazer a casas... sinapse... PinK Floyd!
Apresentarei a sua trajetória em dois momentos em postagens curtas que não cansem ao leitor ( Antes do exílio e após o seu exílio) em forma cronológica e com comentários pessoais sobre alguns assuntos que me provocam e me convidam a reflexão, por exemplo :
1) o que? e como aprender, se é que isso é possível;
2)estamos na era da reprodução? novas tecnologias x arcadismos pedagógicos;
3)criatividade ou alienação?
4)totalidade ou unidade...
Sugiro aqueles que já conhecem e estão familiarizados com este filósofo e educador brasileiro partirem diretamente e livremente se assim o desejarem, é claro, para as suas observações.
Boa leitura
Paulo Reglus Neves Freire, nasceu em Recife, PE, em 19 de setembro de 1921, filho de Joaquim Temístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire.

*1940 à 1947 : completou os sete anos secundários, cursos fundamental e pré-jurídico, ingressando aos 22 anos de idade, na Faculdade de Direito do Recife, sendo a única opção que era oferecida dentro da área de ciências humanas. Casou-se com a professora primária Elza Maria Costa Oliveira. Tornou-se professor de língua portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz, na mesma escola que o acolheu na sua adolescência.

*1947 a 1954 : Após a experiência de docência, foi ser diretor do setor de Educação e Cultura do SESI, órgão recém-criado pela Confederação Nacional da Indústria através de um acordo com o governo Vargas. Aonde teve contato com a educação de adultos / trabalhadores percebendo junto com eles que a nação precisava enfrentar a questão da educação e, mais especificamente, da alfabetização.

*1954 a 1957 : Ocupou o cargo de Superintendente do setor de Educação e Cultura do SESI. Foi nomeado pelo prefeito Pelópidas Silveira membro do Conselho Consultivo de Educação do Recife. E também foi designado para o cargo de Diretor da Divisão de Cultura e Recreação do Departamento de Documentação e Cultura da Prefeitura Municipal do Recife. Criação do MCP- Movimento de Cultura Popular do Recife.

*1957 a 1964 : Foi Relator da Comissão Regional de Pernambuco e autor do relatório intitulado “A Educação de Adultos e as Populações Marginais: O Problema dos Mocambos”, apresentado no II Congresso Nacional de Educação de Adultos.
As suas primeiras experiências como professor de nível superior ocorreram quando esteve lecionando Filosofia da Educação na Escola de Serviço Social a qual, posteriormente, foi incorporada a então Universidade do Recife.
Prestou concurso e obteve o título de Doutor em Filosofia e História da Educação, defendendo a tese “Educação e atualidade brasileira”. Essa titularidade assegurou-lhe, a nomeação de professor efetivo de Filosofia e História da Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Recife e também foi-lhe conferido o certificado de Livre-Docente da cadeira de História e Filosofia da Educação da Escola de Belas Artes.
Participou da elaboração do Primeiro Regimento do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. Após as primeiras experiências do método de alfabetização em Angicos (RN) onde 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em 45 dias. Foi convidado pelo presidente João Goulart e pelo ministro da Educação Paulo de Tarso para organizar e representar a alfabetização de adultos em âmbito nacional, através do Plano Nacional de Alfabetização, pelo decreto nº 53.465, de 21 de janeiro de 1964.
“o que eu propus a Paulo Freire, como ministro da Educação, foi realmente uma ampliação, em nível nacional, da experiência de Angicos. O objetivo era a multiplicação, por todo o país, dos chamados circulos de cultura, a partir de uma experiência piloto que deveria abranger toda a população analfabeta de Brasília” ( Tarso Santos de, Paulo; In: Gadotti, Moacir; Paulo Freire: uma bibliografia, SP , 1996, pag 176)
continua...

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