domingo, 28 de março de 2010

Filosofias

"Aprender a Filosofia ou a Filosofar?"
Todos nós temos se perguntados, uma Filosofia de Vida, a verdade é que a Filosofia esta tão presente em nossa vida que esquecemos dela e que existem tantas Filosofias de Vida diferentes como seres humanos diferentes.
O ato de Filosofar que é refletir, aprofundar,concretizar,descobrir,intuir uma determinada problemática abstrata ou real (ex: o que é o mundo, o que somos, o que é deus) é feita indiscriminadamente por todos os seres humanos... que possuem e fazem o uso da Razão.
No entanto, possuir valores éticos, crenças religiosas, princípios morais não alcançam a compreensão do ato de Filosofia e da sua finalidade neste momento cruel em que vivemos atualmente.
Existe uma diferença entre possuir uma Filosofia de Vida rígida que abrange um rol de valores e atitudes que são praticados no foro individual e social e o significado do ato de Filosofar que ultrapassa esta dimensão física entre o homem e a sociedade em que ele vive.
Atualmente vivemos varios paradigmas, um deles é acreditar que o homem ocidental principalmente não soube fazer o uso correto de sua capacidade de pensar, refletir, e produzir técnicas e que o planeta vive a beira de um colapso : miséria,guerras,injustiças etc são algumas das consequencias de nossas escolhas erradas como espécia humana.
A arte de Filosofar que é redescobrir novos conceitos,significados e atitudes práticas que modificam o nosso meio é hoje fundamental para uma nova construção da compreensão que o homem deve possuir de si mesmo e do planeta em que ele vive.
A primeira lição que devemos aprender segundo as Filosofia orientais, é vermos e sentirmos o mundo de forma Holística, integrada,apaixonada.
Talvez este seja um primeiro conceito a ser descoberto filosoficamente por cada um de nós.
Resta saber, quantos de nós estão preparados para esta tarefa.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Profissão perigo

Certa vez fiquei pensando o que aconteceria em um futuro aonde os alunos em sala de aula vivessem em um universo cibernético além da terceira,quarta, quinta dimensão e tivessem um computador que entre outras funções ainda inimagináveis poderiam deletar o professor.
Bem, neste caso, parece evidente que há muito anos o professor seria um artigo de pesquisas antropológicas de um passado distante, aonde se cultivava a crença de que ensinar ao outro era ainda possível.

Em uma postagem anterior, sobre redes sociais x educadores acontecia uma situação interessante que quero aqui relembrar para enfatizar a ideia que o professor talvez seja uma espécie em extinção ou no mínimo uma profissão que precisa reciclar-se na atualidade.

Em um rincão em que os profissionais da educação não poderiam ir... foram deixados aos alunos de um vilarejo computadores... para a surpresa dos educadores não foi sentida a falta dos mestres e que os alunos já desenvolviam as suas aptidões cientificas sem que ninguém lhes ensina-se.
Um dogma entre outros que aqui ainda veremos e que precisa ser demolido na atualidade aos profissionais da educação é a certeza de que eles sabem de algo que o outro ignora.
Paulo Freire sentencia "ninguém sabe de tudo e ninguém ignora tudo".
O conhecimento não pode ser limitado a um poder adquirido após anos de labuta acadêmica ou empresarial.
Ele deve é construído entre os seres humanos entre a Natureza... na sua contínua dialogicidade diante de olhares e percepções distintas entre seres humanos animais singulares, sempre inacabado.
Em nosso caso os alunos não possuem ainda o botão delete, mas já tem em mãos os celulares,ipods,câmeras,palms... que naturalmente é mais atrativo que o Doutor a sua frente cagando pérolas do alto de seu altar.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Inicio de um monólogo

Pensando... neste blog...e colocando tudo em meu liquidificador absatrato
saiu esta mistura improvisada meio profética...

Em algum lugar em algum tempo alguém disse:

- A História é construída pela ação do homem, as mãos dos homens em seu meio produziram o que hoje nos tornamos.
Os seres humanos conscientes da realidade são capazes de modificar a realidade, a História será sempre a dos vencedores, a dos mais fortes e nunca os mais sábios... os demais sempre serão os espectadores passivos.
Precisamo agir diante do mundo, responder aos seus desafios, impor a transformação de valores e condutas que enfrequecem o ser humano.
Que o tornam submisso, alienado, sem vontade.
O conhecimento que não mais produzirá a miséria, a guerra, a doença.
O amor o amor o amor...

- E como faremos? Respondiam as massas.
As respostas foram muitas e diferentes...e este foi o problema : A diversidade humana não aceita a igualdade de ideais.
Existiram muitos profetas e sábios que pregavam o amor e a sabedoria.
Existiram muitos déspotas, tiranos,reis que pregavam a riqueza, a eugenia , a ciência
A todos eu chamo de dogmáticos a todos eu aprendo e rejeito alguma coisa.

A História hoje talvez seja diferente... nem os fortes nem os sábios...
O ser humano hoje não precisa de outro ser humano... tudo ele é capaz de criar sozinho...
a guerra, o amor,a riqueza a pobreza...

Paulo Freire acreditou na mudança política outros acreditaram em deuses outros no dinheiro.
Hoje o ser humano precisa acreditar apenas em si mesmo e nada mais...
O mundo será dos solitários de espíritos... errantes que bebem de todas as fontes e que se expressam de todas as formas sem ideias sem promessas... vazios de espírito.
Tal como um bambu oco que se permite em si toda a abundância de águas sem reter em si nem uma gota...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Resumo do exílio e a sua volta ao Brasil.

Na continuação irei concluir resumidamente a vida e obra de Paulo Freire, e deixarei uma sugestão de tema que será o objetivo das próximas postagens.

1964 à 1969 : Parte para a Bolívia sob proteção do próprio embaixador da Bolívia, devido ao golpe de Estado deste país, ocorrido pouco tempo depois de sua chegada, em seguida exila-se no Chile trabalhando como assessor do Instituo de Desarollo Agropecuário e do ministério da Educação do Chile e como consultor da UNESCO junto ao Instituo de Capacitação e Investigacíon em Reforma Agrária do Chile. Aceitou lecionar nos Estados Unidos na University of Harvard e a trabalhar no Conselho Mundial das Igrejas em Genebra-Suiça.


·1969 à 1979 : Residiu em Cambridge, Massachusetts, dando aulas sobre as suas próprias reflexões na University os Harvard, como professor convidado. Em seguida, muda-se para Genebra para ser Consultor Especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, visita a Zâmbia e a Tanzânia, onde faz seus primeiros contatos com a cultura africana e acompanhou experiências com a aplicação do seu método de alfabetização, colabora com o planejamentos do programas nacionais de alfabetização de Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique, Angola, Granada, e Nicarágua. Na Suiça, Paulo Freire foi também professor da Universidade de Genebra

Sob o clima de anistia política retorna ao Brasil, abrindo mão dos direitos concedidos pelo governo suíço para lá residir e poder viajar pelo mundo com credenciais que lhe davam garantias pessoais. Aceitou ser professor da PUC-SP e da UNICAMP-SP. É empossado Secretário de Educação de São Paulo. Falece em 1997 de infarto do miocárdio.

Obras principais : A pedagogia do Oprimido , A pedagogia da Autonomia, A pedagogia da esperança, Cartas a Guiné Bissau, Na sombra de uma mangueira, Professora sim tia não etc

Pergunta : A História “como um tempo dos acontecimentos humanos” pode ser vivenciada como um tempo de possibilidades abertas a construção do ser do sujeito ou como um tempo em que o ser é determinado?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Antes do exílio 2ª parte


“Conforme ele afirmou num depoimento posterior, na maior parte dos interrogatórios a que foi submetido, o se queria provar, além de sua ignorância absoluta, era o perigo que ele representava. Foi considerado um subversivo internacional, um traidor de Cristo e do povo brasileiro. Nega o senhor - perguntou-lhe um dos juízes- que seu método é semelhante ao de Stálin, Hitler, Perón e Mussolini? Nega o senhor que, com seu método, o que quer é tornar bolchevique o país?... Foi uma experiência que durou 70 dias, traumática o suficiente para ensinar-lhe algumas coisas. Na cadeia, ele teve ainda maior clareza a respeito da relação entre educação e política, confirmando sua tese de que a mudança social teria de partir das massas e não de indivíduos isolados. Sobre a prisão, afirmou ser possível aprender e educar nas condições mais diversas: se sua prática era de preso, ele tinha o que aprender com ela, ainda que não apreciasse. Depois dessa experiência na cadeia, Paulo Freire observou que, em tal clima de exacerbação e irracionalidade, seria muito, muito arriscado permanecer no país. Cansado se ficar sob vigilância rigorosa, cansado de ser chamado para responder perguntas, vendo que não podia fazer a única coisa que sabia fazer, e preferindo continuar vivo em lugar de se entregar a uma morte lenta, optou pelo exílio” ( Gadotti, Moacir; Convite à leitura de Paulo Freire, Ed Scipione , SP, pag 53,54)


O que me causa interesse é observar que desde o início de sua prática pedagógica, principalmente quando ele realizou seus primeiros trabalhos com a educação de jovens e adultos no SESI que Paulo Freire não distanciou os saberes dos educandos, a sua existência cultural e social estão intrincados com as conseqüências de uma prática política pedagógica que os excluiu de seu próprio fazer como sujeitos históricos.
Foi com a realização do II Congresso Nacional de Educação que o seu discurso e a sua prática abrem caminhos em conjunto com outros segmentos da sociedade brasileira para as reflexões que ocorriam no país com pretensões de mudanças sociais e políticas, Paulo Freire propunha que a educação de adultos das Zonas dos Mocambos existentes no Estado de Pernambuco deveria ser fundamentada na realidade do cotidiano que era vivenciada pelos alfabetizandos, e somente assim seria possível uma pedagogia progressista que não se limita-se a pura repetição mecânica de letras, palavras e frases desconexas com a realidade. Esta natureza política da educação é o centro da preocupação freireana que se gerava no seio do saber popular, da linguagem popular, da necessidade popular para a sua superação do mundo de submissão norteados para um mundo de possibilidades que estimulasse a decisão, a participação e a responsabilidade social e política e hoje em dia por que não também ambiental e tecnológica, já que estes dois "novos"campos do conhecimento humano devem saber dialogar com as problemáticas atuais.
O relatório apresentado no II Congresso de Educação de Adultos tornou-se um marco na compreensão pedagógica da época, de um lado uma educação neutra, alienante e do outro lado uma nova compreensão pedagógica que nascia no Brasil radicada no cotidiano político-existencial dos educandos.
O Nordeste brasileiro foi portanto o ambiente histórico-político em que as idéias de Paulo Freire foram desenvolvidas e que abrangem o período que inicia-se com a Revolução de 30 e que se encerra com o golpe militar de 1964.
No dia 16 de junho de 1964, dois policiais se identificaram à sua casa e pediram-lhe a Paulo Freire para que os acompanha-se.

continua...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A sua trajetória antes do exílio 1ª parte

Após o post sobre o artigo da educação e do Twitter, sem demoras, me veio a vontade de apresentar o primeiro pedagogo deste blog e vamos logo sem "perder um tempo" em resumir a bonita vida e obra deste educador brasileiro, nesta a nas próximas postagens irei apresentar a uns e a re-lembrar a outros um pouco do que este homem fez e deixou em aberto para a re-construção ou a destruição da educação deste país e do mundo, já que é preciso derrubar uns tijolos para se re-fazer a casas... sinapse... PinK Floyd!
Apresentarei a sua trajetória em dois momentos em postagens curtas que não cansem ao leitor ( Antes do exílio e após o seu exílio) em forma cronológica e com comentários pessoais sobre alguns assuntos que me provocam e me convidam a reflexão, por exemplo :
1) o que? e como aprender, se é que isso é possível;
2)estamos na era da reprodução? novas tecnologias x arcadismos pedagógicos;
3)criatividade ou alienação?
4)totalidade ou unidade...
Sugiro aqueles que já conhecem e estão familiarizados com este filósofo e educador brasileiro partirem diretamente e livremente se assim o desejarem, é claro, para as suas observações.
Boa leitura
Paulo Reglus Neves Freire, nasceu em Recife, PE, em 19 de setembro de 1921, filho de Joaquim Temístocles Freire e Edeltrudes Neves Freire.

*1940 à 1947 : completou os sete anos secundários, cursos fundamental e pré-jurídico, ingressando aos 22 anos de idade, na Faculdade de Direito do Recife, sendo a única opção que era oferecida dentro da área de ciências humanas. Casou-se com a professora primária Elza Maria Costa Oliveira. Tornou-se professor de língua portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz, na mesma escola que o acolheu na sua adolescência.

*1947 a 1954 : Após a experiência de docência, foi ser diretor do setor de Educação e Cultura do SESI, órgão recém-criado pela Confederação Nacional da Indústria através de um acordo com o governo Vargas. Aonde teve contato com a educação de adultos / trabalhadores percebendo junto com eles que a nação precisava enfrentar a questão da educação e, mais especificamente, da alfabetização.

*1954 a 1957 : Ocupou o cargo de Superintendente do setor de Educação e Cultura do SESI. Foi nomeado pelo prefeito Pelópidas Silveira membro do Conselho Consultivo de Educação do Recife. E também foi designado para o cargo de Diretor da Divisão de Cultura e Recreação do Departamento de Documentação e Cultura da Prefeitura Municipal do Recife. Criação do MCP- Movimento de Cultura Popular do Recife.

*1957 a 1964 : Foi Relator da Comissão Regional de Pernambuco e autor do relatório intitulado “A Educação de Adultos e as Populações Marginais: O Problema dos Mocambos”, apresentado no II Congresso Nacional de Educação de Adultos.
As suas primeiras experiências como professor de nível superior ocorreram quando esteve lecionando Filosofia da Educação na Escola de Serviço Social a qual, posteriormente, foi incorporada a então Universidade do Recife.
Prestou concurso e obteve o título de Doutor em Filosofia e História da Educação, defendendo a tese “Educação e atualidade brasileira”. Essa titularidade assegurou-lhe, a nomeação de professor efetivo de Filosofia e História da Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Recife e também foi-lhe conferido o certificado de Livre-Docente da cadeira de História e Filosofia da Educação da Escola de Belas Artes.
Participou da elaboração do Primeiro Regimento do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. Após as primeiras experiências do método de alfabetização em Angicos (RN) onde 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em 45 dias. Foi convidado pelo presidente João Goulart e pelo ministro da Educação Paulo de Tarso para organizar e representar a alfabetização de adultos em âmbito nacional, através do Plano Nacional de Alfabetização, pelo decreto nº 53.465, de 21 de janeiro de 1964.
“o que eu propus a Paulo Freire, como ministro da Educação, foi realmente uma ampliação, em nível nacional, da experiência de Angicos. O objetivo era a multiplicação, por todo o país, dos chamados circulos de cultura, a partir de uma experiência piloto que deveria abranger toda a população analfabeta de Brasília” ( Tarso Santos de, Paulo; In: Gadotti, Moacir; Paulo Freire: uma bibliografia, SP , 1996, pag 176)
continua...

Convite a reflexão do artigo escrito por Dilvo Ristoff sobre os atuais paradigmas da educação brasileira

Este artigo trabalha algumas questões interessantes e atuais no campo da educação brasileira , achei oportuno, e logo postarei alguns comentários.
26-01-2010 10:39:22 - Artigo: Educação pós-Twitter
Dilvo Ristoff (*)

"O Twitter é uma rudimentar rede de conexão social", disse Biz Stone, em novembro último, em Doha. Há, segundo ele, muito a fazer para tirar proveito dos 4,4 bilhões de telefones celulares e de 1 bilhão de contas de internet espalhados pelo planeta.

O criador do Twitter esteve com Sugata Mitra, o autor de "A hole in the wall" – que instalou computadores nas ruas de cidades para onde bons professores não querem ir. Queria ver o que aconteceria com as crianças! Para a sua surpresa, em três meses, sozinhas, elas aprenderam a usar o computador e, como todos nós, a exigir um processador mais veloz.

Sem qualquer ajuda, as crianças aprenderam 30% dos conteúdos de genética disponibilizados e, com o auxílio de um tutor, superaram os estudantes das melhores escolas da Índia.

Mitra argumenta que hoje importa menos quem você conhece e mais se você está ou não linkado. Estamos em uma nova era: o usuário linkado questiona, e não raro com razão, as recomendações do médico, a originalidade do artista, o conhecimento do professor.

O acesso fácil à informação gerou a era do espanto, da instabilidade de doutores, mestres e pseudoespecialistas! Não sabe? Não pergunte ao professor! Pergunte à inteligência democrática: pergunte ao google! Para que esta inteligência democrática possa ganhar escala e servir à humanidade, a Escola precisa tornar a inclusão digital a sua palavra de ordem. Para isso, terá que conviver com a aprendizagem auto-organizada e lidar com tecnologias que tolerem múltiplas trajetórias pedagógicas.

Ou seja, a educação terá que ter compromisso inarredável com a inovação! O que Biz Stone e Mitra propõem é um futuro que não mais replicará o presente e que trará à tona milhões de talentos que serão colocados a serviço da vida, com novas oportunidades para todos! Estará o Brasil em condições de preparar os jovens para as demandas de adaptabilidade que se apresentam?

A julgar pela resistência que as novas tecnologias encontram em nossas universidades, temo que continuaremos a educar para o passado, imaginando que ele funcionará no futuro. Não funcionará! A menos que aceitemos que se frustrem as nossas esperanças de construir um país avançado nas artes e nas ciências, é urgente que professores sejam expostos a um agressivo choque de novas tecnologias, antes que caiam em descrédito pela sua incapacidade de educar para os novos tempos.

Mais do que nunca, dependemos de políticas comprometidas com a interconectividade e com o futuro.

(*) Reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul. Artigo publicado em "O Globo", 16/01

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Há beleza em Platão?


Quando pensamos em nos aproximar do significado da arte em Platão, ou simplesmente, como ele nos responde O que é a arte, ou ainda melhor ,como eu compreendo a resposta que ele nos dá, precisamos ter em mente que a sua filosofia gira na órbita do mundo das idéias e do mundo das formas.

O fato é que apesar dele receber inúmeras críticas, sempre foi fonte de infinitas reflexões e produções artísticas e intelectuais de filósofos, poetas, músicos etc...
Em outras palavras, Platão é mais um daqueles que trancendem a vida e a morte... ele é eterno, ou melhor as suas idéias são eternas.
De um lado as essências perfeitas e de outro as formas imperfeitas... eu, você, a natureza,os animais, vivemos no mundo das formas, somos uma cópia, uma reprodução, uma sombra da realidade ideal que a alma habitou antes de materializar-se e que procura o caminho de volta...

O nosso dever de casa, como seres humanos racionais é alcançar a idéia do Bem e contemplar as coisas como elas realmente são. Existe algo para além dos nossos sentidos? Platão nos responde que sim... é a ideia do Bem.
A Filosofia platônica é idealista e dualista, pois busca alcançar um ideal, uma perfeição, do homem e da sociedade em que ele vive através da reflexão filosófica e da intuição intelectual.
A produção artística mais do que uma cópia da cópia, ou seja, já que existe o mundo das formas como sendo uma cópia imperfeita do mundo das idéias, os girassóis de Van Gogh por exemplo seriam uma reprodução... não há originalidade, não há criação, mas a arte é um meio para alcançar a beleza, a perfeição... a idéia do Bem em si mesmo.
Para Platão ,talvez o artista mais do que um copista deve se desenvolver para atingir o ideal do sumo Bem e ao contemplarmos as suas obras estariamos participando, vivenciando um estado da alma além do mundo material.

Mas... o que é a beleza... é o perfeito, o harmônico?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Apresentação da proposta FIMUPE

O que existe em comum entre a Filosofia, a música e a pedagogia? Como é possível estabelecer uma proposta pedagógica dialógica entre elas?
Em primeiro lugar teremos que definir cada uma destas manifestações artísticas,e aqui já sugiro o que elas devem basicamente possuir em comum, ou seja, produzem arte e seus criadores são artistas ( Filósofo, músico e o professor).
Bem... vamos com calma, pois até aqui já temos problemas suficientes para desenvolver.
1)Quanto a definição;
2)Quanto aos conceitos de arte, estética,manifestação artística;
3)Quanto a dialogicidade;
4)Quanto a proposta pedagógica;
A definição que procuro investigar não deve ser algo já definido por assim dizer, mas algo que se apresenta mais como uma intuição singular de cada um ,e que pode ser expressa, sobre estes três universos, seria simples por exemplo dar uma resposta ao significado das perguntas o que é... qual é a sua finalidade...qual é a sua origem... etc
E evidentemente isso não nos será tão simples assim quando nos propusermos realmente a estudar estas questões sem a urgência de chegar logo a um resultado, mas percebendo durante o percurso o que elas têm em comum e como a produção artística em si se alimenta uma da outra. Este é o ponto... aprofundar sem delimitar...estabelecer relações no agir e na produção do professor, do músico e do filósofo.
Penso que um caminho lógico será apresentar as vidas destes artistas (biografias), realizar estudos(comentários,críticas,rezenhas,descrições,resumos,narrativas,poesias...) de fragmentos de suas obras e aprofundar desta maneira significados conceituais.
Assim acredito que poderemos ter uma ideia ampla do campo de actu-ação e das preocupações destes artistas,para em seguida e também em continuidade com o andamento do processo dar uma feição ao FIMUPE como um recurso pedagógico , criativo, reflexivo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Platão: um ( pequeno) resumo




Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos clássicos ao lado de Sócrates e Aristóteles, pois como eles influenciou profundamente o desenvolvimento e a construção filosófica ocidental.
Futuramente irei realizar postagens mais específicas tratando sobre os problemas que estes filósofos enfrentavam, inicialmente iremos ilustrar brevemente a vida destes para depois entrarmos com profundidade nos assuntos filosóficos que eles se preocuparam em investigar.
A suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria), ou , o mundo das idéias e o mundo das formas.

Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates (que iremos logo também conhecer).
Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos.

Suas obras mais conhecidas são: Apologia de Sócrates, O Banquete, A República.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Vida e Obra de Aristóteles. O último dos filósofos clássicos antigos.




Nasceu em Estagira (por isso chamado "o Estagirita"), na Macedônia, em 384 a.C. Viveu em Atenas desde 367, filho de Nicômaco, médico do rei Amintas II da Macedônia (pai de Filipe), descendente de uma das famílias de Asclépiades que eram famílias que se dedicavam à arte da medicina e cujos ensinamentos eram transmitidos de pai a filho.
Foi por vinte anos discípulo de Platão que oportunamente também será trazido ao mundo dos vivos... apesar de serem bastante amigos, não deixavam de discutir problemas filosóficos e possuiam divergências antagônicas, a mais célebre é a negação de Aristóteles para a existencia do mundo das ideias de Platão.
É chamado em 343 à corte de Filipe da Macedônia para cuidar da educação de seu filho, que passaria à história como Alexandre o Grande. Pouco depois da morte de Alexadre, Aristóteles retorna à Atenas, onde funda o Liceu, escola rival da Academia Platônica.
Aristóteles ensinava os seus alunos durante os passeios que realizavam pelos bosques do Liceu, através do rigor de sua metodologia, pela amplitude dos campos em que atuou e por seu empenho em considerar todas as manifestações do conhecimento humano como ramos de um mesmo tronco - foi o primeiro pesquisador científico no sentido atual do termo.
Todas as obras publicadas por Aristóteles se perderam, com exceção da Constituição de Atenas, descoberta em 1890. As obras conhecidas resultaram de notas para cursos e conferências do filósofo, ordenadas por alguns discípulos e depois, de forma mais sistemática, por Adronico de Rodes (c. 60 a.C.).
As principais obras de Aristóteles, agrupadas por matérias, são:
(1) Lógica: Categorias, Da interpretação, Primeira e segunda analítica, Tópicos, Refutações dos sofistas;
(2) Filosofia da natureza: Física;
(3) Psicologia e antropologia: Sobre a alma, além de um conjunto de pequenos tratados físicos;
(4) Zoologia: Sobre a história dos animais;
(5) Metafísica: Metafísica;
(6) Ética: Ética a Nicômaco, Grande ética, Ética a Eudemo;
(7) Política: Política, Econômica;
(8) Retórica e poética: Retórica, Poética.

Com a morte de Alexandre (323), Aristóteles teve de fugir à perseguição dos democratas atenienses, refugiando-se em Cálcide, na Eubéia, onde morreu em 322 a.C.

RESENHA DE OBRAS (Os Pensadores)

*TÓPICOS – Integra o Organon – conjunto de escritos lógicos de Aristóteles – e examina os argumentos que partem de opiniões geralmentes aceitas. Aqui se situa a dialética, na concepção aristotélica: a arte da discussão e do confronto de opiniões, importante exercício intelectual que prepara o espírito para a construção da ciência. As atuais pesquisasobre a lógica do pensamento não formalizável, desenvolvidas pela Teoria da Argumentação ou Nova Retórica, ressaltam o interesse dos Tópicos para a compreensão da estrutura da argumentação utilizada não apenas pela linguagem corrente, como também pela Publicidade, pela Jurisprudência, pelas CiênciasSociais e pela Filosofia

* DOS ARGUMENTO SOFÍSTICOS
Complementam os Tópicos e investigam os principais tipos de argumentos capciosos: aqueles que são um simulacro da verdade, aparentando ser genuínos quando de fato são falsos.

* METAFÍSICA
Uma das obras que mais influenciaram o desenvolvimento da filosofia ocidental, Aristóteles investiga as causas do surgimento da especulação filosófica, a partir de outras atividades humanas, e oferece sua interpretação crítica das doutrinas dos filósofos que o antecederam - preparando a exposição de suas próprias idéias.

* ÉTICA A NICÔMACO
Aplicando à análise do agir humano seus postulados metafísicos. Aristóteles discute conceitos éticos fundamentais, como felicidade e virtude, detendo-se na apreciação de várias virtudes particulares.

* POÉTICA
O que é poesia, suas diferentes espécies, suas origens, a comédia e a tragédia, poesia e história - são alguns dos temas dessa obra de Aristóteles que marcou profundamente os estudos posteriores sobre a arte literária.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Boas vindas.

Aqui estou acompanhado do amor de minha vida... depois da música,filosofia,pedagogia.
Com calma iremos organizar as postagens nestes três tópicos principais.
Não adianta em nada guardar para nós aquilo que achamos bonito... já estava imaginando a criação deste blog a algum tempo... para dar vazão/sentido/temporalidade a sentimentos, diálogos, discussões, descobertas nesta tríade universal.
Mas como vocês sabem... trabalho, família, etc. Aproveito as férias e me lanço na rede ou ela é que me enlaça?