segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Profissão perigo

Certa vez fiquei pensando o que aconteceria em um futuro aonde os alunos em sala de aula vivessem em um universo cibernético além da terceira,quarta, quinta dimensão e tivessem um computador que entre outras funções ainda inimagináveis poderiam deletar o professor.
Bem, neste caso, parece evidente que há muito anos o professor seria um artigo de pesquisas antropológicas de um passado distante, aonde se cultivava a crença de que ensinar ao outro era ainda possível.

Em uma postagem anterior, sobre redes sociais x educadores acontecia uma situação interessante que quero aqui relembrar para enfatizar a ideia que o professor talvez seja uma espécie em extinção ou no mínimo uma profissão que precisa reciclar-se na atualidade.

Em um rincão em que os profissionais da educação não poderiam ir... foram deixados aos alunos de um vilarejo computadores... para a surpresa dos educadores não foi sentida a falta dos mestres e que os alunos já desenvolviam as suas aptidões cientificas sem que ninguém lhes ensina-se.
Um dogma entre outros que aqui ainda veremos e que precisa ser demolido na atualidade aos profissionais da educação é a certeza de que eles sabem de algo que o outro ignora.
Paulo Freire sentencia "ninguém sabe de tudo e ninguém ignora tudo".
O conhecimento não pode ser limitado a um poder adquirido após anos de labuta acadêmica ou empresarial.
Ele deve é construído entre os seres humanos entre a Natureza... na sua contínua dialogicidade diante de olhares e percepções distintas entre seres humanos animais singulares, sempre inacabado.
Em nosso caso os alunos não possuem ainda o botão delete, mas já tem em mãos os celulares,ipods,câmeras,palms... que naturalmente é mais atrativo que o Doutor a sua frente cagando pérolas do alto de seu altar.

Um comentário:

  1. Acredito que quem é um "transmissor de conhecimento", precisa se preocupar. Mas quem é um "gerador de conhecimento", pode ficar tranquilo.

    Um professor gerador de conhecimento nunca deixará de ser uma referência. O que talvez deixe de existir é a simples repetição. E isso não apenas na área educacional. O conhecimento aliado à vontade pessoal fazem, e farão, muito mais diferença do que o diploma na parede.

    Para quem gera o conhecimento, é uma questão apenas de adaptação.

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